domingo, 25 de junho de 2017

INCONTINÊNCIA URINARIA EM CÃES




O que é incontinência urinária?

A incontinência urinária ocorre quando há perda do controlo voluntário da micção, podendo variar na gravidade desde pequenas perdas de urina ocasionais, a micção involuntária de uma grande quantidade de urina.
Quais as causas da incontinência urinária em cães?
Desequilíbrio hormonal




Os estrogénios são hormonas que desempenham um papel na manutenção de neurorreceptores no esfíncter da bexiga. Sem estrogénios, um problema comum em fêmeas esterilizadas (podendo ocorrer também nos machos), os receptores  ignoram a “mensagem” para armazenar a urina e esta escoa para fora, muitas vezes durante o sono. Existem medicamentos para esses casos que só devem ser administrados com indicação e acompanhamento veterinário. 

Incompetência do esfincter da bexiga

Vários fatores, tais como o envelhecimento, a obesidade , e redução da sensibilidade dos receptores neurológicos no esfíncter, podem contribuir para esta condição. É um problema comum em cadelas mais velhas, sendo um em cada cinco cães afetados. Acredita-se também, ser causada por baixos níveis de estrogénio.

A infecção urinária

As infecções na bexiga são uma causa comum de incontinência urinária em cadelas adultas jovens e geralmente são diagnosticadas com uma análise denominada urocultura. Neste caso, a cultura de urina irá confirmar o diagnóstico, identificar as bactérias infectantes e listar os antibióticos que serão mais eficazes no combate da infecção. Atenção! Por vezes os animais apresentam uma melhoria logo após alguns dias do início do tratamento, mas é importante fazê-lo até ao fim para evitar uma nova ocorrência.

Outras causas são cálculos urinários, lesão medular ou degeneração (frequentemente visto em pastores alemães), hérnia discal, distúrbios da próstata, anomalias congénitas, alterações anatómicas e certos medicamentos.


Quais são algumas complicações da Incontinência Urinária em Cães?

Alguns episódios de incontinência urinária são temporários, mas outros podem evoluir e causar infecções na bexiga e nos rins mais graves. Pode também resultar em inflamação da pele  em áreas que estão em constante contato com a urina.

Alguns cães são mais propensos a incontinência urinária?

Embora a incontinência urinária possa afectar cães de qualquer idade, raça ou sexo, é mais frequente na meia-idade, nas fêmeas mais velhas esterilizadas; Cocker Spaniels, Springer Spaniels, Doberman Pinschers e cães Pastores ingleses idosos estão entre as raças sempre propensos a incontinência.

Como é tratada a incontinência urinária ?

O tratamento para a incontinência dependerá da sua causa subjacente. A cirurgia também pode ser uma opção se a medicação sozinha não funcionar.
Em casos de incontinência devido a pedras na bexiga, uma hérnia de disco  ou anomalia congénita, a cirurgia pode ser recomendada.



O que devo fazer se achar que meu cão é Incontinente?


Antes de tirar conclusões precipitadas, primeiro certifique-se que o cão está realmente incontinente. Um cão que tenha medo ou que se sinta ameaçado pode urinar. Esse comportamento é chamado de micção submissa e afecta principalmente cães jovens. Um cão macho que não é castrado vai marcar o seu território. Consulte um veterinário, para confirmar o diagnóstico e tentar determinar uma causa. O veterinário precisa de informação detalhada sobre os hábitos do animal, realizar um exame físico, urianálise, urocultura e até mesmo outros exames complementares de diagnóstico tais como hemograma, radiografias e ecografia abdominal.

 Artigo redigido por Sara Fiorenzo - Médica Veterinária

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Internamento: Deve o meu amigo de 4 patas ficar longe de mim?


Uma das situações mais complicadas para um dono é quando o médico veterinário informa que é necessário proceder ao internamento do animal, dado os sintomas apresentados pelo mesmo. Sem dúvida alguma que estar em casa no seu ambiente natural é o melhor para os animais, mas existem situações em que o tratamento intensivo é estritamente necessário.







É sempre difícil termos que deixar os nossos animais de estimação num hospital/clínica, mas em alguns momentos do tratamento, é necessário e importantíssimo o internamento, para garantir um acompanhamento e tratamento adequado e de qualidade.





O internamento é solicitado pelo médico veterinário quando ele avalia que as condições fisiológicas do seu companheiro/a necessitam de cuidados intensivos.
Existem algumas doenças que o animal fica desidratado e precisa de ficar internados para levarem reposição de fluido de forma adequada, sendo a intravenosa a mais eficaz. Outra das razões é a medicação fazer melhor efeito sendo administrada desta mesma maneira, fazendo com o que seu amigo de quatro patas recupere mais rápido.






Existe ainda a possibilidade de o seu animal de estimação estar com uma patologia que possa conduzir a uma paragem cardiorrespiratória e só um médico o poderá ajudar neste caso para lhe salvar a vida
É um momento difícil e doloroso para o dono, mas perceba que este ato serve para uma rápida e de qualidade evolução de melhoras.
O internamento será adequado á patologia do seu animal de forma a criar o melhor conforto, cada internado fica num lugar sozinho de maneira a que não tenha contacto com mais nenhum outro internando de maneira a não criar stress e desconforto para o mesmo. Para os animais infectocontagiosos existe uma área reservada apenas para eles.



Os animais internados recebem a alimentação adequada ao caso clínico.




São sempre acompanhados e medicados consoante a ficha clínica do animal, e o exame físico é feito de 2 em 2h de maneira a controlar a 100% o seu caso.






Caso o médico veterinário ache necessário fazer algum tipo de exames, disponibilizamos de raio-x, ecógrafo, análises e fisioterapia para o bem e melhor recuperação deles.




Sempre que existe um animal internado disponibilizamos de um médico veterinário 24h




Disponibilizamos também de horário de visitas das 15h às 18h para estarem um bocadinho de tempo perto dos vossos queridos amigos de quarto patas.



Temos uma farmácia veterinária integrada no qual podemos recorrer para qualquer tipo de medicamento que seja necessário ao seu amigo a qualquer instante.




E também uma ambulância/táxi para conseguirmos chegar a todos





Se necessitar de alguma coisa, estamos aqui para ajudar o seu amigo de 4 patas no que for preciso.


 Artigo redigido por Marina Ascenso - Auxliar Veterinária


terça-feira, 6 de junho de 2017

DOR - SAIBA IDENTIFICAR SITUAÇÕES DE DOR NO SEU ANIMAL

A forma enigmática como os animais de companhia revelam a dor – Apenas com o silêncio –
Os nossos animais de companhia dão-nos pistas de como se sentem, apenas temos que saber procura-las. Infelizmente os nossos animais não nos pode dizer que sentem dor. No entanto sabemos identificar quando eles tem fome, ainda que não verbalizam a sua vontade de comer. A verdade é que os cães não expressam dor ganindo e então os gatos são uns mestres aos esconder o mau estar e a dor. Se não prestarmos atenção a pequenas pistas que nos indicam a existência de dor, podemos não identificar situações em que os nossos animais precisam da nossa ajuda.

O GATO SOMBRIO



Os gatos escondem bem situações de dor. Assim, se observar-mos que o gato parece aborrecido, com as orelhas achatadas e viradas para trás, com o corpo agachado ou, especialmente que se  esconde, estas pistas podem  dar indicação que o animal tem dor.

Outro sinais possíveis de que um gato tem dor:
·       Não conseguir saltar para cima  de uma cama ou de um armário.
·       Ter problemas com o uso da caixa de areia.
·       Não realizar a autolimpeza habitual, nem deixar ser afagado.
·       Ter menos apetite que o habitualmente.
·       Ter um comportamento agressivo quando lhe tocam.

 CÃO TRISTE




Ganir ou chorar são sinais que surgem raramente nos cães ,apenas quando a dor  é grave  e aguda.
Assim devemos procurar outros sinais para reconhecer se um cão tem dor:
·       Ter menos apetite que o habitual
·       Tremer
·       Ter um semblante triste ou tenso
·       Não fazer uso de um membro
·       Evitar o uso de escadas
·       Não saudar o dono como habitualmente
·       Manter-se agachado
·       Demorar muito tempo a defecar ou a urinar
·       Estar demasiado ofegante


Artigo redigido por Isabel Jorge - Médica Veterinária

sexta-feira, 26 de maio de 2017

PULGAS – companheiras indesejadas para qualquer animal de estimação.



Esta situação é-lhe familiar? O seu animal de estimação coça-se, morde-se ou lambe-se excessivamente?
Estes pequenos insetos/parasitas vivem quase permanentemente nos nossos companheiros. Alimentam-se do sangue do seu hospedeiro, através de picadas provocando irritações, alergias, dermatites…… e podem ainda transmitir larvas de ténias e bactérias.
As pulgas reproduzem-se e põem ovos que se transformam em larvas no ambiente envolvente, nomeadamente carpetes, sofás, locais onde o animal descansa.
Sabia que as pulgas põem mais ovos onde os nossos companheiros dormem? Não admira que quase um terço dos donos já tenham sido mordidos por pulgas.


COMO SÃO E SE COMPORTAM AS PULGAS?

As pulgas são de reduzida dimensão e muito activas.
Uma pulga adulta pode saltar uma distância máxima de 45cm. Depois de aterrar nos nossos companheiros, a pulga pica-o e começa a sugar o seu sangue dentro de segundos a minutos. Elas permanecem no nosso animal até morrerem naturalmente, saírem por escovagem ou serem mortas com um produto eficaz.
Paralelamente possuem uma capacidade reprodutiva extraordinária.
Em casos graves a desinfestação do ambiente circundante, nomeadamente da casa, é muito importante para contribuir para um controlo mais rápido. O tratamento de todos os animais presentes também é fundamental.






É necessário proteger os animais de forma contínua (todo o ano) porque as reinfestações são sempre possíveis.






COMFORTIS - chegou a revolução antipulgas

Comprimido mastigável, 30 dias sem pulgas
Inovação, segurança e eficácia. Comfortis indicado para cães e gatos, proporciona uma acção rápida e prolongada, começa a matar pulgas em 30 minutos, atinge 100% de eficácia em 4 horas e é efectivo durante 30 dias.
Melhora muito o bem estar dos nossos animais, proporcionando alivio imediato no incomodo causado pelas pulgas.
Comfortis não sai na água ou com a escovação.  Sendo administrado oralmente não interfere com outros tratamentos dermatológicos.
Animais com sinais de Dermatite Alérgica à picada da pulga (DAPP) demonstraram uma melhoria clínica acerca da comichão/prurido, pápulas, descamação, alopecia, dermatite como resultado direto da eliminação das pulgas com o uso do Comfortis.


              
Artigo redigido por Ana Mónica Oliveira - Auxiliar Veterinária 

segunda-feira, 22 de maio de 2017

UVEÍTE FELINA

Sabia que um dos problemas oculares mais comuns nos gatos  é a uveíte ?

O que é a úvea?

A úvea é constituída por três estruturas: a íris, o corpo ciliar e a coroide.Compõe  toda a túnica vascular do globo ocular,que é a parte pigmentada do olho.
 A íris é o anel colorido que circunda a pupila; o corpo ciliar é o conjunto de músculos que regulam o cristalino; a coroide é o revestimento interno do olho.




O que é a uveíte?

A uveíte consiste  na inflamação desta túnica vascular e  pode ser  anterior (quando afeta a íris e o corpo ciliar)e posterior (quando afeta a coroíde ).
A uveíte pode ocorrer em qualquer idade, em ambos os sexos, e pode ocorrer em apenas um olho ou em ambos os olhos em simultâneo.

Qual a aparência da Uveíte?

  sinais clínicos mais comuns:

-dor ocular que se manifesta com encerramento das pálpebras (blefarospamo)
-edema da córnea
-sensibilidade à luz(fotofobia)
-"flare aquoso"-presença de fibrina e hemorragia na câmara anterior)

                                             fibrina na câmara anterior



hemorragia na câmara anterior
                                                         
precipitados queráticos (nebulosidade)



 -protrusão da terceira pálpebra,
- lacrimejamento(epífora)
-vermelhidão (hiperemia conjuntival)
- formato ou tamanho anormal da pupila(miose)
-cor alterada da íris (geralmente uma cor avermelhada ou “de terra” em comparação com o olho normal),


                                   
             
 Cegueira

Quais as causas de Uveíte?

As uveítes podem ter causa infecciosa, autoimune ,neoplásica ,traumática ou serem de etiologia desconhecida.
Algumas causas das uveítes são limitadas ao olho, mas outras devem-se  a enfermidades sistêmicas e afetam todo o organismo.

 As doenças infecciosas que podem causar uveíte em gatos são:
-Toxoplasma gondii,
 -peritonite infecciosa felina (FIP),
-mycoplasmose
-vírus da imunodeficiência felina (FIV),
-herpesvírus-1 felino (FHV-1)
-e vírus da leucemia felina (FeLV).
Os dois tipos mais comuns de câncer que podem causar uveíte em gatos são
- o linfoma ,linfosarcoma da íris




 O melanoma da íris



Como diagnosticar a uveíte?

O diagnóstico precoce das uveítes é importante para preservar a integridade da visão.
Exames realizados:
- exame oftalmológico completo para visualização das estruturas oculares e peri-oculares
- teste de fluoresceina para descartar lesões traumáticas
-tonometria para medir a pressão intra-ocular


 -citologia conjuntival para descartar a presença de agentes infecciosos(bactérias/vírus)
-analítica sanguínea para descartar doenças auto-imunes e causas infecciosas
-ecografia ocular para descartar neoplasia .Nestes casos poderá ser necessária a realização de bióspsia para diagnóstico definitivo .


 Qual o tratamento para Uveíte?
O tratamento da uveíte depende da causa da mesma .Em geral é necessário tratamento local e sistémico .
Localmente ,poderá ser recomendado o uso de:
- antibóticos/antivirais
-anti-inflamatórios
-cicloplégicos(midríaticos)-para dilatar a pupila e reduzir a dor ocular
A nível sistémico deverá tratar-se a causa da uveíte ,quando diagnosticada .


Como evolui a uveíte?

A uveíte pode  evoluir e complicar -se com a formação de catarata ,glaucoma ,luxação da lente ,sinéquias posteriores e estender-se ao nervo ótico e à retina .
Quando não tratada pode comprometer definitivamente a visão causando cegueira .

 Não desvalorize as alterações oculares pois na maioria dos casos trata-se de uma urgência médica .O diagnóstico e tratamento precoce podem salvar a visão do seu pet!!


 Artigo redigido por Ana Luísa Nunes - Médica Veterinária 







terça-feira, 16 de maio de 2017

Tenho um cão ansioso… E agora?



Não é fácil muitas vezes lidar com a ansiedade do nosso cão. Quando temos um cão ansioso o nosso estado de espírito altera-se facilmente. Se o nosso animal ainda é um cachorro temos que estar atentos a todos os seus comportamentos diários, isto para percebermos como ajudá-lo a ultrapassar essa ansiedade que pode ser causada por diversos factores.
Porque razão se tornam ansiosos os cães?
Os factores que podem contribuir para a ansiedade nos cães incluem uma relação inconsistente com o dono, punição inadequada, stress social com outros animais e privação de contacto social (humano), exercício físico inadequado ou falta de estimulação sensorial.

Como lidar com um cão ansioso?


1º – Ser um dono calmo e assertivo:

Todos os cães precisam de um dono calmo e assertivo. Se o seu cão estiver muito ansioso e você estiver stressado o seu animal irá absorver toda essa energia, resultado ficará ainda mais nervoso e ansioso. Nestas situações mais vale acalmar-se primeiro e só depois dirigir-se ao seu cão com um tom de voz calmo, de forma racional e assertivo. Desta forma o seu animal irá confiar em si e seguir mais facilmente os seus comandos. Não se esqueça que um cão segue sempre o líder da sua matilha, e um líder representa calma, controle e assertividade. Os animais reagem mal à agressividade, nervosismo e principalmente ao medo.

2º – Não fazer festas ou dar mimos quando o cão está ansioso:

Quando o seu cão está muito agitado e ansioso, por norma começa a ladrar ou a puxar o “choro” para chamar a sua atenção. É um impulso normal do dono tentar acalmar o seu cão com festas nestas alturas, no entanto este seu gesto de carinho está completamente errado. Um cão quando está ansioso não deve ser acarinhado, pois ele irá interpretar esse seu gesto como incentivo àquele estado mental dele. Por muito que custe, nestas alturas devemos ligar o mínimo possível ao animal e com uma voz calma tentar que ele se sente ou deite para poder acalmar-se.



3º – Recompense o seu cão apenas quando ele estiver calmo:

Após o seu cão estar mais calmo, deitado sem chorar recompense-o com os seus “doces” favoritos. Sempre que ele estiver completamente relaxado deve ser compensado, doces e mimos são bem-vindos nestas alturas. Se ele voltar a ficar agitado repita o tópico anterior até que ele se deite e relaxe, sem qualquer tipo de caricias ou doces, só quando ele estiver tranquilo é que volta a compensá-lo. Repita este processo durante algumas semanas, certamente o seu cão irá começar a compreender o que pretende dele.


4º – Evite brincar com ele de forma excitada, com muita conversa e agitação:

Se tem um cão ansioso as brincadeiras com muita excitação, muitas repetições de frases, dizer o seu nome de forma eufórica, não o vão ajudar. As brincadeiras com ele têm que ser inicialmente mais calmas, sem grandes falas e sem euforias. Se continuar com essa atitude o animal irá entender que esse é o estado de espirito indicado a manter, pois é incentivado pelo dono.

5º – Dê longas caminhadas com o seu cão:

Todos os cães precisam gastar energia diariamente e as caminhadas ajudam a manter o corpo e a mente saudáveis. Se o seu cão vai caminhar cerca de 45 minutos duas vezes ao dia, ele irá gastar mais facilmente a energia acumulada no seu corpo e na sua mente. Se tem um cão de porte grande muito ansioso, provavelmente ele irá precisar de mais exercício físico. Se não dispõe de mais tempo livre, tente durante o passeio fazer com ele vários exercícios, desde subir para os bancos, correr a contornar obstáculos, etc. Quanto mais energia o seu cão gastar menos ansioso será quando chegar a casa.

6º – Arranjar um local em sua casa para o cão relaxar:

É importante para um cão ansioso ter um local sossegado e confortável em casa para relaxar e descansar. Veja uma divisão em sua casa menos agitada e construa um espaço agradável com uma manta quentinha e macia. Deixe ao pé dele objectos que ele gosta e uma tigela com água fresca.

7º – Não deixe o seu cão ficar entediado.

Arranje brinquedos que ele fique entretido durante bastante tempo quando está sozinho em casa. Existem várias gamas de brinquedos que mantêm o seu cão entretido durante um longo período de tempo, o que é óptimo para os cães que sofrem com ansiedade por separação dos donos. Um dos brinquedos mais conceituados no mercado, usados por diversos profissionais, polícias e treinadores é o KONG. O Kong para além de ser feito de uma borracha muito resistente, tem uma forma irregular que salta com facilidade e dá para guardar no interior diversos doces e a comida preferida do seu cão. A comida deve ser bem condicionada no interior, desta forma o seu cão terá um desafio pela frente para alcançar os doces que tanto gosta e manter-se entretido durante a sua ausência. O Kong deve ser sempre dado ao seu cão apenas quando se ausenta para que ele associe a sua saída a algo positivo. Sempre que chega a casa deve retirar-lhe o brinquedo e só devolver o mesmo com comida quando voltar a sair.



8º – Meta música relaxante quando o seu cão estiver agitado:

Pode pensar que esta ideia é um pouco descabida, mas a verdade é que já existem diversas músicas relaxantes gratuitas na internet que demonstram excelentes resultados. Experimente colocar uma faixa longa deste tipo de música, cerca de 4 horas, em sua casa e nesse período ignore o seu cão até ele se deitar. Depois desfrute aos poucos da música e tire um tempo para relaxar. Os cães são os espelhos dos donos, se você estiver calmo, terá um cão menos agitado e ansioso com o passar do tempo.

9º – Fale com o seu veterinário sobre o uso de um difusor de feromonas tranquilizadoras para cães.

Se este não vir qualquer problema para o seu cão, experimente pois este tem bons resultados em alguns cães ansiosos. Estes são conhecidos como D.A.P (Dop Appeasing Pheromone) e conseguem bons resultados a tranquilizar cães de todas as idades. Essas feromonas tranquilizam os cachorros perante diversas situações de stress que vão surgindo no ambiente onde estes se encontram. As propriedades relaxantes das feromonas continuam na idade adulta de um cão, e por isso normalmente é recomendado o uso destes difusores nos lares onde existem cães ansiosos. É claro que o D.A.P é um complemento a todo o processo, este não cura a ansiedade total do seu cão, apenas ajuda-o a diminuir a ansiedade juntamente a todo o processo que o dono tem pela frente.

 10º – Nunca dê calmantes ao seu cão sem que o seu veterinário indique.

O uso de medicação nos animais deve ser sempre receitado por um veterinário. Se até hoje todas as indicações que leu nunca deram resultado, experimente primeiro a ajuda de um treinador profissional de cães. A medicação deverá ser sempre o último recurso e só deve ser administrada se o veterinário concordar e passar receita da mesma. Siga sempre as indicações dadas pelo veterinário e nunca dê doses superiores às indicadas.

Conclusão

Lidar com um cão ansioso é um processo complexo no qual o dono tem um papel FUNDAMENTAL. O grau de empenho e de compreensão de dono determinará, em grande parte, o resultado deste processo visto que o dono terá que aprender uma nova forma de interagir com o seu cão numa base permanente. Ainda assim, com muito trabalho está ao seu alcance alterar o comportamento do seu cão.


Artigo redigido por sara Fiorenzo - Auxiliar Veterinária