quinta-feira, 24 de março de 2016

CIRURGIA - A DRA. ISABEL JORGE NA PRIMEIRA PESSOA

CIRURGIA 

O PORQUÊ DO PREÇO?




Enquanto médica veterinária, alicerçando-me na minha prática clinica, deparo-me invariavelmente com diferentes necessidades cirúrgicas, sejam elas do foro terapêutico, paliativo ou preventivo.
Não raras vezes, sou confrontada com um conjunto de interrogações por parte de alguns donos de Pets que nos visitam para uma intervenção cirurgica. Entre elas, destaco:

- «O valor não é muito alto para uma cirurgia?»
- «Tenho de o deixar tantas horas?»
- «Posso vir busca-lo assim que termine a cirurgia?»
- «São necessários tantos cuidados adicionais?»

Quando falamos em cirurgia, não devemos focar-nos apenas no acto cirúrgico, mas num conjunto de procedimentos que absorvem várias horas. O processo que decorre desde a entrada do Pet na clínica até ao regresso no conforto do seu lar, é consubstanciado com inúmeros pormenores, todos eles importantes para o sucesso de qualquer intervenção.
Para que a cirurgia tenha a qualidade que lhe é exigida, é implicada um vasto leque de técnicas e fármacos que se aliam ao trabalho técnico da médica-cirurgiã.

No meu caso, são 20 anos de experiência, reforçados com constantes actualizações e formação profissional ministrada nos polos mais avançados da medicina veterinária.
Em suma, eu sou o amanhã para que hoje possa responder com a qualidade exigida a qualquer solicitação programada ou urgente. Este é o selo que marca a diferença e a excelência do meu trabalho e do projecto que partilho com a minha equipa.

Sempre que um Pet é sujeito a uma cirurgia, todo o corpo clínico é envolvido nesse procedimento, entre quadros médicos, de enfermagem e auxiliar.
Neste contexto, todo o paciente que se submete a uma cirurgia, passa por um controlo médico prévio, onde é sujeito a uma avaliação médica exaustiva com exames complementares de diagnóstico tendo em conta as suas características, idade, estado de saúde, raça e o seu histórico clínico.

Após a realização deste protocolo, será comunicada ao dono a informação recolhida bem como o diagnóstico pré e pós-cirúrgico aferido pelo corpo clínico.
No dia agendado para a cirurgia, solicitamos ao dono a assinatura do termo de responsabilidade para a administração da anestesia geral. Ser-lhe-ão esclarecidas todas as dúvidas ou questões que subsistam.
Depois destes procedimentos, o Pet será encaminhado para o internamento.
Antes de qualquer procedimento, a médica assistente do Pet, em síntese, aborda o caso com a cirurgiã, onde se volta a discute e percorre o caso clinico do paciente e é feita nova avaliação médica.

Ainda no internamento, o paciente é cateterizado na veia. É-lhe administrado a fluidoterapia e os fármacos necessários à sedação.
Após a tranquilidade adquirida com a sedação, realiza-se a tosquia da zona a intervencionar, representado a primeira fase da higiene cirúrgica. Concluído este processo, o paciente é encaminhado para o bloco operatório.
O bloco operatório está equipado com todos os meios necessários e exigidos a uma prática cirúrgica de elevado padrão técnico. À semelhança da medicina humana, também praticamos anestesia volátil, a qual nos permite uma monotorização cirúrgica optimizada.
Quando o Pet entra no bloco, são-lhe administrados fármacos de indução anestésica e é feita a entubação. A partir deste momento todos os parâmetros do paciente passam a ser monitorizados e controlados.

Neste momento, o Pet encontra-se sobre um colchão aquecido que permite manter a sua temperatura. A fluidoterapia é monitorizada por uma bomba infusora que controla de forma rigorosa as necessidades de fluidos do paciente. Este estará também ligado a um monitor que lê os dados do paciente: - (traçado e.c.g., temperatura, pulsioximetro, capnógrafo ou pressão arterial).
Em permanência, uma médica monitoriza e controla todos os parâmetros anestésicos. Aliado a este procedimento de segurança, utilizamos os fármacos mais seguros e o material mais inócuo possível. Além disso, as técnicas usadas são as de vanguarda, as mais modernas e as menos invasivas, tentando induzir o mínimo trauma ou dor no paciente.

O Pet encontra-se neste momento completamente monitorizado e passamos à segunda fase da higiene cirúrgica onde o procedimento de assepsia é rigoroso.
Ultrapassada esta fase, verificamos se todos os sinais vitais do Pet estão controlados. É neste momento que a cirurgia propriamente dita se inicia. Neste procedimento intervêm a médica-cirurgiã e uma enfermeira.




Após a cirurgia

Terminada a cirurgia, o anestésico volátil é desligado. O Pet permanece algum tempo a oxigénio e ainda sob controlo de todos os parâmetros anteriormente descritos. Neste contexto, o Pet inicia a recuperação da consciência e é encaminhado para o recobro. Aqui ficará sob vigilância permanente de uma enfermeira ou auxiliar veterinária. Sem negligenciar qualquer factor como a temperatura e a tranquilidade do local, o Pet vai acordando progressivamente.
Quando readquiriu em plenitude a consciência, informamos o seu dono através de contacto telefónico, sobre o estado do seu amigo.
Será agendada uma hora para a alta médica e para que o dono possa levar o seu amigo para o conforto do seu lar.

 (Cuidados prestados no recobro)

(Cuidados prestados no recobro-1)


A alta é dada depois do paciente estar completamente recuperado. A médica responsável pela alta do Pet é informada sobre todo o processo cirúrgico em causa. Em consonância com este protocolo, serão prestados todos os esclarecimentos e informações ao dono do animal.
Em suma, são todos estes degraus, encadeados com rigor e profissionalismo, aliados ao compromisso de todo o corpo clínico, que conferem confiança a quem deposita a saúde dos seus Pets nas nossas mãos. Não abdicamos de qualquer incumprimento, fazendo de cada intervenção, um processo de rigor profissional, transformando-o em objectivos únicos de sucesso.
Esta é a nossa missão, proporcionar ao Pet e à sua família, saúde e bem-estar, aumentando a qualidade e a sua esperança de vida.
Por isso somos credenciados e estamos equipados para a realização de vários tipos de intervenções cirúrgicas, (tecidos moles, ortopédicas, oncológicas, oftálmicas, estéticas, preventivas ou corretivas).
Para si que já submeteu o seu amigo às nossas mãos, o nosso muito obrigado pela confiança que nos depositou.
Para si que ainda não o fez, deixo-lhe esta reflexão.

                             


(Alta da Moly – momentos felizes)

               

(Alta da Moly – momentos felizes-1)

 Trabalhamos todos os dias para que a si e ao seu PET sejam proporcionados níveis de confiança e sucesso”.        

ENCEFALITOZOONOSE


O QUE É?

O Encephalitozoon cuniculi é um parasita microscópico. Sendo um agente com potencial zoonótico, o E. Cuniculi tem importância em termos de saúde pública pois pode também infectar seres humanos, principalmente imunodeprimidos. Também pode acometer porquinhos-da-índia, cães, aves e cavalos que estejam em contacto com coelhos doentes. A prevalência da infecção por E. Cuniculi é superior em coelhos adultos, embora normalmente a sintomatologia seja mais grave em animais com menos de 6 semanas, podendo mesmo ocorrer morte súbita. Não existe predisposição sexual para a doença.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico é feito através da combinação dos exames clínico, neurológico e oftalmológico, mas principalmente de análises sanguíneas. Podem ser feitos exames às fezes e urina para verificar se o parasita está a ser excretado.

SINAIS

A sintomatologia pode ser dividida em três categorias: nervosa, renal ou ocular, que podem ocorrer separadamente ou em diferentes combinações. Os sinais mais comuns são a inclinação da cabeça (“head tilt”), circling, ataxia, nistagmo e convulsões.


Coelho com “head tilt”

COMO SE TRANSMITE?

A Encefalitozoonose ocorre após a ingestão de água ou comida com urina contaminada com esporos infecciosos, ou de mães para crias durante a gestação através da placenta. O esporo é a forma infectante do parasita, é resistente a mudanças ambientais e é capaz de sobreviver até 4 semanas a 22°C em tempo seco.

TRATAMENTO

O tratamento tem como objectivo eliminar o parasita e a resposta inflamatória causada pelo mesmo, e controlar os sinais clínicos resultantes da infecção. O fenbendazole é o desparasitante de eleição tanto para tratar como prevenir a infecção e é feito por via oral durante 28 dias. Por vezes é necessário recorrer ao uso de antibióticos e anti-inflamatórios. O prognóstico depende da gravidade dos sinais clínicos que o animal apresenta, sendo menos favorável quanto mais grave for a sintomatologia.

PREVENÇÃO


Devem ser implementados rigorosos padrões de higiene, procedendo à limpeza e desinfecção das jaulas, comedouros e brinquedos, com a maior frequência possível para evitar que a urina contacte com a alimentação e a água dos seus animais. A lixívia comercial ou etanol a 70% são desinfectantes eficazes para o uso em jaulas e superfícies. Se adquirir um coelho, este deve ser testado para caso seja positivo, inicie de imediato os 28 dias de fenbendazole. 

Artigo redigido por Sara Fiorenzo  - Médica Veterinária

sexta-feira, 18 de março de 2016

OMNICUTIS


Dermoprotecção de amplo espectro


Nesta altura do ano, principalmente com a chegada da Primavera, surgem os problemas de pele e queda de pêlo.

Todos nós gostamos de chegar a casa e encontrá-la da mesma forma como a deixámos! Depois de um dia de trabalho, não será com entusiasmo que nos sentimos obrigados a aspirar a casa toda!
Para ultrapassar esta contrariedade, a solução passa por administrar ao seu PET a cápsula de Omnicutis.

Omnicutis é o tratamento dietético mais completo para a  pele. Aplicando-se a todos os casos em que se procura um efeito anti-inflamatório continuado e uma melhoria prolongada da qualidade de vida sem efeitos secundários. E isto é possível porque OMNICUTIS:
- contém a mais alta concentração dos ómega 3 (Ω3) de maior eficácia (EPA e DHA).

- é fortemente suplementado com todos os nutrientes necessários à rápida recuperação de doenças dermatológicas .

- contém a mais alta concentração dos ómega 3 (Ω3) de maior eficácia (EPA e DHA).

- fortemente suplementado com todos os nutrientes necessários à rápida recuperação de doenças dermatológicas.




Artigo redigido por Mónica Oliveira  - Auxiliar Veterinária



terça-feira, 15 de março de 2016

BOLAS DE PÊLO NOS GATOS


- PORQUE SE FORMAM AS BOLAS DE PÊLO?

Os gatos são muito limpos e na sua higiene excessiva ingerem muitos pêlos. Estes pêlos vão acumular-se no trato gastrointestinal.



-AS BOLAS DE PELÔ SÃO UM PROBLEMA?

Quando a acumulação de bolas de pêlo no estômago e intestino é excessiva, causa distúrbios (perda de apetite, tosse, dor abdominal, vomito, e obstipação). Em alguns gatos, as bolas de pêlo podem provocar obstruções, sendo necessário submete-los a cirurgia.




COMO SE PODE EVITAR ESTE PROBLEMA?

- Os gatos devem ser escovados regularmente. A frequência desta escovagem vai depender da época do ano. Os animais fazem duas mudas de pêlos durante o ano (Primavera e Outono), altura em que a escovagem tem que ser mais regular. No entanto, os gatos de pêlo longo necessitam de uma atenção especial neste âmbito.

- Aconselha-se a administração regular de uma pasta de malte durante todo o ano (cerca de 2 cm por semana). No entanto, em períodos mais críticos, esta quantidade terá que ser aumentada e administrada com maior regularidade.

- A administração da pasta de malte deve iniciar-se antes de atingirem a fase adulta.




Novas pasta de malte, agora com um sabor irresistível!




Artigo redigido por Isabel Jorge  - Médica Veterinária

sexta-feira, 11 de março de 2016

LEPTOSPIROSE

Sabe o que é a leptospirose?
De certeza que já ouviu o seu veterinário falar acerca da leptospirose, uma bactéria que faz parte da vacinação anual do seu cão.
A leptospirose canina pode ser transmitida aos humanos, podendo tornar o seu cão num risco para si e para a sua família. As bactérias são transmitidas pela urina de animais ou de pessoas infectadas e podem vivem em águas contaminadas. Os cães portadores assintomáticos (ou seja, aparentemente saudáveis) constituem um grande risco, pois permitem a transmissão da doença ao Homem e a outros animais.




Os sinais clínicos podem ser muito variáveis, podendo ir desde cães assintomáticos a animais com doença grave que pode levar à morte:
- febre;
- diarreia, vómitos;
- relutância ao movimento devido a dor muscular grave;
- problemas respiratórios;
- hematúria (urina com sangue);
- icterícia (coloração amarela das mucosas).
Para identificar a doença o seu veterinário pode ter de fazer vários exames para confirmação. Geralmente estes animais necessitam de internamento enquanto fazem tratamento, para receberem suporte adicional.


(http://www.clinicaveterinariacuritiba.com.br/vacinas.php)

A leptospirose pode ser potencialmente fatal nos cães e, além de ser cada vez mais frequente, está a ser causada por novos tipos de leptospiras.


A única forma de prevenir a leptospirose é através da vacinação anual do seu cão. É essencial que a vacinação do seu cão o proteja também contra novos tipos de leptospira, prevenindo que ele se torne um portador assintomático.

                                                         Artigo redigido por Rita Gonçalves  - Médica Veterinária