quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

AINEs

AINEs

Muitos cães podem não manifestar sinais evidentes de dor mas isso não significa que não estão a sofrer. Não se esqueça que eles não reclamam, raramente choram e não dizem onde sentem incómodo.

Então como posso saber se o meu cão tem dores??

Os sintomas de dor são muito variáveis. Tanto a manifestação como o limiar da dor canina dependem não só da idade e da espécie, como de cada animal individualmente. Alguns cães tendem a esconder a sua dor como mecanismo de protecção.



Assim, os sinais mais comuns de dor são as alterações do comportamento do cão, muitas vezes interpretado como uma alteração atribuída à natureza ou ao envelhecimento.

Fique atento aos seguintes sinais:
- Alterações do comportamento: cão anormalmente inquieto, agressivo quando alguém se aproxima OU anormalmente deprimido e sem responder a estímulos;
- Relutância em movimentar-se, desequilíbrio ou rigidez muscular;
- Claudicação de um ou mais membros;
- Diminuição ou perda de apetite;
- Ladrar sem parar ou ganir quando lhe fazem festas ou tocam numa determinada área.




Há uns anos atrás, poucos medicamentos estavam disponíveis para tratar a dor em animais; hoje em dia, há medicação que permite não só fazê-lo como ajudar a controlar sinais como inflamação, edema, rigidez e dor articular. Além disso, acredita-se que animais sem dor melhoram mais rapidamente. Os AINEs (anti-inflamatórios não esteróides) são um exemplo da medicação que se pode utilizar.

A aspirina e o ibuprofeno são AINEs bem conhecidos utilizados em medicina humana, no entanto pode não ser segura a sua utilização em animais. Hoje em dia há AINEs específicos estudados para utilização segura no seu animal; no entanto, devem ser sempre receitados pelo seu médico veterinário.
Antes de iniciar a terapia com AINEs todos os animais devem ser examinados e devem fazer análises de sangue e/ou urina; a terapia continuada deverá também ser monitorizada. Devem ser administrados apenas quando se achar necessário e na dose mínima efectiva possível.


O médico veterinário é a pessoa mais indicada para identificar as causas da dor do seu animal e para implementar medidas adequadas. Assim, não hesite em consultar o seu veterinário, já que o problema poderá agravar-se se não for tratado atempadamente.

                                                             Artigo redigido por Rita Gonçalves - Médica Veterinária

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

CANNY-COLLAR - A COLEIRA ANTI-PUXÃO

O seu cão puxa?

Sabe que pode inverter essa situação com uma coleira certa?      

A Canny Collar é uma coleira de treino para cães. Através de um método inovador, concebido para impedir que o seu cão puxe pela trela. Ao contrário de uma coleira regular, a Canny Collar é constituida por uma coleira convencional com uma faixa corrediça que se coloca sobre o focinho do animal. A trela fixa-se atrás da cabeça e não por baixo do queixo.


A Canny Collar funciona através de um sistema de pressão e libertação. Quando ele a puxa, é aplicada uma leve pressão no focinho e na boca.
Assim que o cão pára de puxar, a pressão é libertada. Funcionando como um reforço positivo ao bom comportamento. O cão compreenderá em pouco tempo que andar devagar e acompanhar o dono no seu passo fará com que ambos poderão desfrutar de um belo passeio sem alterações repentinas de velocidade.

Este artigo é único no mercado, adaptado para não provocar aperto no pescoço e sem que a faixa corrediça suba ao nível dos olhos do cão ou aperte a boca. A utilização desta coleira permite com facilidade comer, beber e respirar livremente. A sua utilização é compatível com o treino de cães em passeio como é feito com a coleira tradicional. Depois de habituado ao Canny Collar, retire simplesmente a faixa corrediça do focinho durante curtos períodos e veja a progressão do seu companheiro!



COMO COLOCAR O CANNY COLAR NO SEU CÃO



Artigo redigido por Mónica Oliveira - Aux. Veterinária

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

OS RISCOS DE ALGUNS ALIMENTOS

Aproximam-se as épocas festivas e com elas as conhecidas tentações para as doçarias …
Na tentativa de alertar para o risco que determinados alimentos podem representar para o seu animal de companhia ,relembramos os alimentos perigosos com as consequências que o seu consumo pode acarretar.


CHOCOLATE



O chocolate possui cacau que por sua vez contém teobromina. Esta substância é um estimulante que pode causar taquicardia (aumento da frequência cardíaca), tremores, convulsões, hiperactividade, vómitos, diarreia, sede excessiva entre outros sintomas.


UVA OU PASSA



O seu consumo está associado a insuficiência renal aguda em 48h. Os sintomas associados podem ser dor estomacal aguda, anorexia, vómitos e anúria (ausência de produção de urina).


MACADÂMIA





A ingestão deste fruto seco pode causar tremores musculares, fraqueza, paralisia, vómitos, hipertermia e taquicardia.


SEMENTES DE PAPOILA



Estas sementes são  usadas correntemente no fabrico de pão de sementes e podem causar alterações de sistema nervoso central (descoordenação, convulsões)insuficiência hepática, coma e morte.


ABACATE



Todos os componentes deste fruto são altamente tóxicos para os seu animal. O abacate possui uma toxina fugicida, persin. O seu consumo pode causar vómitos, diarreia, dificuldades respiratórias, paragem de digestão ou paragem cardíaca.


ALHO, CEBOLA E CEBOLINHO


O consumo de cebola e cebolinho pode causar anemias hemolíticas (destruição dos glóbulos vermelhos). Associado
ao seu consumo pode haver sintomas de falta de apetite, fraqueza, vómitos ou apatia.
O Consumo moderado de alho causa menor toxicidade e está associado a vasodilatação e hipotensão


BEBIDAS ALCOÓLICAS






As bebidas alcoólicas possuem etanol que pode ser altamente nocivo para o seu animal.O seu consumo acidental pode causar vómitos, diarreia, alterações do sistema nervoso central (descoordenação, alteração dos reflexos, depressão ou excitação),coma e morte.


BEBIDAS COM CAFEÍNA



O seu consumo pode causar agitação, respiração ofegante, palpitações, tremores ou convulsões.


Se ocorrer a ingestão acidental de qualquer alimento tóxico dirija-se a seu veterinário o mais rapidamente possível. A nossa clínica estará sempre ao seu total dispor.


Boas festas!


Artigo redigido por Drª Ana Luísa Nunes - Médica Veterinária

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

ESTERILIZAÇÃO CIRÚRGICA EM COELHOS



À semelhança do que se verifica para o cão e o gato, a esterilização cirúrgica (ovariohisterectomia nas fêmeas e orquiectomia nos machos) acarreta diversos benefícios, tanto para o coelho como para o respectivo proprietário.

A ovariohisterectomia consiste na remoção cirúrgica dos ovários e do útero, enquanto a orquiectomia corresponde à remoção cirúrgica dos testículos. Estes procedimentos conduzem a um aumento da longevidade do animal e ajudam a que ele se torne uma melhor companhia.

A esterilização cirúrgica elimina o risco de gestação indesejada. Esta vantagem tem principalmente impacto em situações em que diversos coelhos partilham o mesmo espaço, podendo por vezes ocorrer erros na identificação do sexo dos animais.

A ovariohisterectomia elimina o risco de desenvolvimento de pseudogestações, que podem conduzir a comportamentos indesejados como escavar e a preparação de ninhos. Reduz também a probabilidade de desenvolvimento futuro de tumores uterinos e de outros processos patológicos do foro reprodutivo. Dependendo da raça, a incidência de tumores uterinos em fêmeas inteiras poderá alcançar os 60%.

A esterilização cirúrgica contribui para uma melhor qualidade de vida do animal. Isto prende-se com o facto de, ao atingir a maturidade sexual (aos 4 a 6 meses de idade), o coelho poder tornar-se territorial, agressivo e destrutivo e consequentemente mais difícil de treinar e manusear. Os coelhos machos podem começar a marcar território com urina, comportamento cujo risco de ocorrência por ser diminuído por meio de orquiectomia.

Assim, a realização de ovariohisterectomia ou orquiectomia por volta dos 5 a 6 meses de idade é extremamente vantajosa para a saúde e qualidade de vida do seu amigo.



Artigo redigido pela Drª Filipa Mira - Médica Veterinária

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

ENDOPARASITAS

Os parasitas internos são organismos que se alojam, crescem e alimentam no organismo de um hospedeiro – neste caso, animais de estimação ou o homem – sem contribuir em nada para a sua sobrevivência. Se os animais não forem tratados, alguns destes parasitam podem prejudicar gravemente a saúde do animal. Além disso, alguns parasitas podem também ser transmitidos aos seres humanos causando-lhes diversos problemas – zoonoses.
Os parasitas internos com maior frequência que infestam o cão e o gato são nomeadamente:

- PARASITAS INTESTINAIS            - PARASITAS NÃO INTESTINAIS

   - Ascarídeos (lombrigas)                - Angiostrongylus vasorum (parasitas
   - Ancilóstomos                                do pulmão)
   - Tricurídeos
   - Ténias
   - Enchinococcus spp.
   - Dipilidium caninus                       - Dirofilaria immitis
   - Giardia
   - Coccidia


Os animais podem ser infectados pelo parasitas internos de várias formas:

- Ingestão oral

   - Quando ingerem ovos ou larvas de parasitas a partir de um ambiente contaminado. De seguida, estes ovos amadurecem no tracto intestinal ou entram em estado de dormência.

- Transcutânea

   - Quando as larvas do parasita penetram na pele de um hospedeiro e migram através da corrente sanguínea.

- Transmamária

   - Cachorros e gatinhos muitas vezes infectam-se com parasitas durante a amamentação. As larvas enquistadas nos músculos das mães tornam-se activas durante a gravidez, migrando através do sistema mamário para os cachorros e gatinhos.

- Transplacentária

   - Os cachorros podem ser infectados por parasitas intestinais ainda no útero aquando a transferência das larvas da mãe para o feto.

- Ingestão de pulgas e piolhos

   - A ténia Dipylidium caninum é transmitida quando estes ingerem pulgas infectadas por larvas da ténia. Durante o processo digestivo a larva da ténia desenvolve-se em adulto.

- Ingestão de outros hospedeiros

   - Roedores, ruminantes, aves e coelhos podem servir como hospedeiros intermediários para muitos parasitas. Os animais infectam-se quando ingerem estes hospedeiros infectados.


A maioria dos parasitas podem-se multiplicar a um ritmo alarmante, fazendo com que apenas um único verme seja um problema – não só para o animal de estimação, mas também para o ambiente.

Artigo redigido pela Enfª Andreia Vilhena

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

ESTERILIZAÇÃO - Porquê e Para Quê?

Infelizmente, a sobrepopulação animal é um problema cada vez mais real em Portugal. Sabia que 60% dos animais são abatidos devido à falta de famílias de acolhimento?


https://www.google.pt/search?q=c%C3%A3es+beb%C3%A9s&espv=2&biw=1680&bih=917&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ved=0CB0QsARqFQoTCPyZxO_lx8gCFQI-FAodc1kElw#tbm=isch&q=c%C3%A3es+beb%C3%A9s+fofinhos&imgrc=Oahs8AHwWmQPzM%3A

A esterilização das fêmeas é uma cirurgia abdominal chamada ovariohisterectomia (OVH) e elimina a 100% a hipótese de gestação da sua cadela/gata.

- Remoção dos ovários - impede a fêmea de entrar em cio;
- Remoção do útero - prevenção de doenças comuns em fêmeas mais velhas
     * 26% (1 em cada 4) das cadelas inteiras desenvolvem cancro da mama
     * Muitas fêmeas desenvolvem infecções uterinas (piómetras).

A castração do macho (chamada orquiectomia) remove a fonte primária de testosterona, potenciando uma melhoria tanto no comportamento como na saúde do seu animal.
Tal como nos humanos, a hiperplasia da próstata é muito comum em cães mais velhos, sendo prevenido com a castração.




Em relação ao comportamento, a castração diminui a agressividade para outros machos e a marcação do território com urina. Animais machos não castrados sentem uma vontade incontrolável de marcar o seu território. Fêmeas em cio produzem feromonas que atraem os machos até 5Km de distância; o dono pode achar que controlou o comportamento do seu animal de urinar em casa até que uma fêmea se mude para a vizinhança! A castração diminui ou elimina completamente estes comportamentos indesejados.




“Mas depois da esterilização o meu animal vai ficar gordo e preguiçoso…”
Não necessariamente!

O que acontece é que após a esterilização o metabolismo diminui, significando que o organismo vai precisar de menos comida. Há comida especifica para cães e gatos esterilizados e doses recomendadas para cada caso.
O ganho de peso em animais esterilizados é causado pelo excesso de alimento e pela diminuição do exercício e não pela cirurgia em si!


A saúde do seu animal está nas suas mãos. Contacte o seu veterinário na Clínica Veterinária de Santo André ou em André’s Pet Veterinário para recomendações específicas acerca da esterilização!

Artigo redigido por Rita Gonçalves - Médica Veterinária

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

TUMORES MAMÁRIOS

Tumores Mamários nas Cadelas




Os tumores mamários são a neoplasia mais frequente nas fêmeas. Atingem cerca de 52% do total dos tumores nas fêmeas. Comparativamente à espécie humana, é três vezes superior nas cadelas. A sua incidência aumenta com a idade, sendo a faixa etária mais atingida entre os 10 – 12 anos.

Infelizmente na prática clínica, esta é uma das patologias com que nos deparamos com mais frequência. Estudos científicos comprovam que a esterilização das cadelas antes do 1º cio reduz a incidência destes tumores malignos para 0,05%. Quando a esterilização é realizada entre o primeiro e o segundo cio, a incidência  aumenta para 8 %, subindo para 26 % quando a intervenção cirúrgica é realizada entre o 2º e 3º cio . 

Quando este procedimento é efectuado em idades mais avançadas, há uma tendência para a redução de incidência de tumores mamários benignos, ao passo que, no que diz respeito aos tumores malignos, não se verifica uma redução.

Estas NEOPLASIAS são HORMONO-DEPENDENTES. A glândula mamária apresenta receptores para hormonas tais como (estrogénio, progesterona, androgénios, prolactina e hormona de crescimento), daí o efeito protector da esterilização precoce.

Todos nós sabemos que o tamanho de uma massa tumoral tem um peso muito importante no prognóstico. Os tumores quando removidos com menos de 1 cm têm um bom prognóstico. Com diâmetro superior a 3 cm adquirem maior grau de preocupação. Isto pode ser explicado pela teoria aceite de que a neoplasia mamária é uma doença contínua no tempo: um nódulo surge inicialmente como um tumor benigno e que acumula mutações com o tempo, adquirindo factores de malignidade - características histológicas de malignidade, invasão de tecidos e capacidade de metastização. Assim, é importante remover qualquer nódulo mamário atempadamente e refutar a ideia de que nódulos mamários existentes há vários anos "devem ser benignos e não precisam de ser removidos".


Tumores Mamários nas Gatas



Nas gatas o efeito de esterilização também inibe o desenvolvimento de neoplasias mamárias. As gatas ovarioectomizadas têm um risco de desenvolver tumores mamários 40 a 60% inferior ao de gatas inteiras. No entanto, os tumores nesta espécie são muito mais agressivos que na cadela, ou seja, 80% destes são malignos. A administração de contraceptivos orais ou injectáveis potencia a aparição destes tumores mamários.

TERAPÊUTICA

A remoção cirúrgica é inevitável, pois não existe outra forma eficaz.


PREVENÇÃO

Esterilização precoce antes mesmo do 1º cio é a única forma cientificamente comprovada quee temos ao nosso dispor.

Pelas razões apresentadas, o CLUB ANDRE’S PET (Clinica Veterinária Santo André e Andre’s Pet Veterinário) durante os meses de Novembro e Dezembro dispõem de um programa de esterilização que permitirá que o seu Pet usufrua de uma esterilização de forma mais económica.

Visite-nos e saiba mais sobre este tema.

Artigo redigido por Isabel Jorge - Médica Veterinária / Directora Clínica

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

CAMA SUNNY SEAT



Aproveite os dias de sol com que o Outono nos brinda e desloque-se à Clínica Veterinária de Santo André para conhecer esta novidade para o seu animal de estimação. Sabemos o quanto ele ficará agradado com este mimo.

A Cama Sunny Seat oferece ao seu gato um lugar de distinção e privilégio na sua casa. Em repouso, esta cama permite que ele contemple a natureza circundante, o ambiente externo, as pessoas e todos os movimentos que tanto prazer suscitam ao seu gato. De outra forma, liberta-lhe espaço na sua casa, deixando o chão livre para outros objectos que queira lá colocar.

Esta cama é perfeita para gatos que adoram passar longas tardes ao sol e fazer do ócio a sua tarefa principal. Por outro lado, os gatos mais activo também não a dispensarão, utlizando-a como trampolim para atingir um local mais alta na sua casa.
Este artigo pode ajudar o seu gato na questão da “separação”. É sabido do stress porque passam estes animais quando ocasionalmente estão sujeitos a uma separação mesmo que temporária. 

Visite-nos e venha saber mais acerca desta cama concebida especialmente para os eu gato.



Artigo redigido por Mónica Oliveira - Auxiliar Veterinária

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

TOXOPLASMOSE

Sabia que a Toxoplasmose é uma zoonose que pode provocar danos aos fetos em humanos e animais?

É uma parasitose que afecta 13 a 50% da população mundial

Etiologia:
- Protozoário – Toxoplasmose gondii

Os felinos são os únicos hospedeiros onde ocorre reprodução do parasita, culminando com a formação de oocistos eliminados para o ambiente com as suas fezes.

Transmissão






-Os gatos infectam-se principalmente pela ingestão de microorganismos enquistados nos roedores.

-Ingestão de tecidos de animais ou vegetais infetados com quistos de toxoplasma (carne crua ou mal cozida, vegetais mal lavados) – mais comum no Homem.

-Ingestão de oocistos eliminados nas fezes de gatos (fonte de infecção comum para o cão).

-Os oocistos podem ser transportados por vectores (baratas,moscas,minhocas).

-Infecção congénita transplacentária (pode ser causa de aborto em humanos).


Sinais clínicos:


- Anorexia, depressão, febre intermitente, são sinais clínicos inespecíficos, geralmente associados à doença.

-Nos gatos os sinais mais específicos afectam pulmões, olhos, cérebro, fígado e músculo esquelético (alterações degenerativas do sistema nervoso central/encefalite).


Imagem de fundo do olho



Fundo do olho sem alterações

Presença de lesão cicatricial de Toxoplasmose no fundo do olho, causando perda visual grave


-Nos cães, os sintomas mais específicos incluem diarreia, pneumonia, alterações neurológicas (hiperexcitabilidade, depressão, tremores, paralisia, convulsões).

Diagnóstico:

- O diagnóstico da patologia é simples, fazendo-se através de uma análise sanguínea:

- Teste serológico

- Tratamento médico:

-Antibioterapia

- 60% dos animais recuperam com tratamento

Prognóstico reservado

- Mortalidade alta em neonatos e animais imunodeprimidos

Artigo redigido por Ana Luísa Nunes - Médica Veterinária

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

O CURIOSO MUNDO DOS COELHOS


O meu coelho quer roer tudo o que lhe aparece à frente. É normal? 

- O ato de roer consiste num comportamento normal do coelho. É necessário disponibilizar brinquedos e objectos seguros para o manter ocupado, impedindo concomitantemente que roa materiais passíveis de lhe causar dano.

Por que razão o meu coelho come as suas próprias fezes? 

- Todos os pequenos herbívoros, incluído o coelho, manifestam coprofagia. Este comportamento consiste na ingestão de cecotrofos (fezes nocturnas ricas em nutrientes) e é essencial à manutenção de níveis adequados de proteínas e vitaminas no organismo. 

Por que razão o meu coelho defeca fora do litter? 

- A libertação de algumas fezes fora do litter e ao redor da gaiola é normal, tendo como função a marcação de território.

O meu coelho começou a urinar fora do litter. Porquê?

- Este comportamento pode ser indicativo de infecção do trato urinário. Deverá levar o seu amigo a uma consulta veterinária para que possa ser observado.
Pode também ocorrer marcação territorial com urina após um evento causador de stress, como a presença de um novo animal de companhia, visitas ou alteração da localização da gaiola.
Quando o coelho atinge os 4 a 6 meses de idade verifica-se um aumento dos níveis de hormonas reprodutivas e pode começar a marcar o território com urina. A esterilização ajuda a neutralizar este tipo de comportamento.

Quanto tempo após a esterilização cessa a manifestação de comportamentos reprodutivos?

- A esterilização conduz à redução da manifestação de agressividade territorial, monta e marcação de território. Após este procedimento cirúrgico, o início do decréscimo da actividade sexual demora cerca de 2 semanas a instalar-se. Na maioria dos machos, geralmente são necessários 2 meses para que cesse por completo, enquanto nas fêmeas a janela temporal poderá consistir de apenas 2 semanas. Nas raças de maior envergadura o fim da manifestação de comportamentos sexuais poderá demorar até 4 meses e em raras ocasiões 8.

O meu coelho por vezes range os dentes? O que significa? 

- Os coelhos rangem os dentes por duas razões muito distintas: 1) quando têm dor rangem os dentes de forma lenta e pronunciada, estando esta manifestação  normalmente associada a outros sinais de dor, como perda de apetite, prostração, postura curvada e relutância em movimentar-se; 2) quando estão satisfeitos podem bater levemente os dentes, simultaneamente abanando os bigodes e tremendo a cabeça.
Artigo redigido pela Drª Filipa Mira - Médica Veterinária

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

FISIOTERAPIA ANIMAL

A fisioterapia e a reabilitação animal estão cada vez mais difundidas nas clínicas da especialidade. Estas intervenções são cada vez mais, praticadas em animais de companhia, cujo objectivo principal visa a melhoria ou manutenção da qualidade de vida dos animais.

A fisioterapia está indicada em:

  • Situações de reabilitação pós-cirúrgica em casos ortopédicos ou neurológicos
  • Lesões músculo-esqueléticas como tendinites, mobilidade reduzida ou fraqueza muscular
  • Afecções discais associadas a dor e paresia
  • Lesões articulares como contracturas e artrites
  • Alívio da dor
  • Alterações no desempenho de um animal atleta
  • Edemas e problemas na circulação sanguínea e linfática
  • Maneio do peso

As técnicas mais utilizadas em Medicina Veterinária são a termoterapia com aplicações de frio e calor, técnicas de massagem, exercícios terapêuticos passivos e activos e electroterapia. Existem também técnicas mais recentes como a hidroterapia, ultra-sons e laser.

A escolha do protocolo terapêutico é um dos parâmetros mais importantes e fundamentais para a recuperação de um paciente.



Artigo redigido pela Enfª Andreia Vilhena

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

CARDIOMIOPATIA DILATADA CANINA

A Cardiomiopatia Dilatada

A cardiomiopatia dilatada (CMD) é uma afecção miocárdica (do músculo cardíaco) de origem desconhecida. Afecta principalmente os cães grandes ou gigantes mas também pode ser encontrada nos menores, como no Cocker Spaniel.

Mas afinal o que é a CMD?

É caracterizada por uma dilatação de um ventrículo (ou de ambos) que provoca contratilidade reduzida do miocárdio e anormalidades histológicas dentro do ventrículo, ou seja… a cardiomiopatia dilatada ocorre quando o músculo cardíaco está fino, enfraquecido, e não se consegue contrair correctamente.




Os sinais clínicos variam, dependendo do lado do coração afectado, podendo incluir fraqueza, desmaio ou intolerância ao exercício, devido à redução do fluxo sanguíneo para o resto do corpo. A doença pode levar também ao aparecimento de arritmias ou insuficiência cardíaca congestiva com acumulação de líquido em vários locais do corpo.



http://www.google.pt/imgres?imgurl=http://www.clubecaoegato.com/wp-content/uploads/cardiopatia_canina.jpg&imgrefurl=http://www.clubecaoegato.com/cardiopatia-dilatada-saiba-mais-sobre-esta-doenca-canina/&h=386&w=600&tbnid=TcBj3c3CDdnvBM:&zoom=1&docid=0f5vLs9qr13f5M&ei=mDVTVe7dLoShsgGCuYC4BA&tbm=isch&ved=0CB4QMygAMAA

A CMD é diagnosticada através da realização de uma ecocardiografia, um exame ao coração por meio de ultrassons.
O prognóstico é reservado mas a maioria dos animais beneficia de tratamento após aparecimento de sintomatologia.

Marque já uma consulta de cardiologia com o seu animal na
Clínica Veterinária de Santo André (Barreiro) ou em
André's Pet Veterinário (Sarilhos Grandes) e deixe que o seu médico
veterinário o aconselhe acerca dos exames complementares necessários.

Artigo redigido por Rita Gonçalves - Médica Veterinária