quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

AINEs

AINEs

Muitos cães podem não manifestar sinais evidentes de dor mas isso não significa que não estão a sofrer. Não se esqueça que eles não reclamam, raramente choram e não dizem onde sentem incómodo.

Então como posso saber se o meu cão tem dores??

Os sintomas de dor são muito variáveis. Tanto a manifestação como o limiar da dor canina dependem não só da idade e da espécie, como de cada animal individualmente. Alguns cães tendem a esconder a sua dor como mecanismo de protecção.



Assim, os sinais mais comuns de dor são as alterações do comportamento do cão, muitas vezes interpretado como uma alteração atribuída à natureza ou ao envelhecimento.

Fique atento aos seguintes sinais:
- Alterações do comportamento: cão anormalmente inquieto, agressivo quando alguém se aproxima OU anormalmente deprimido e sem responder a estímulos;
- Relutância em movimentar-se, desequilíbrio ou rigidez muscular;
- Claudicação de um ou mais membros;
- Diminuição ou perda de apetite;
- Ladrar sem parar ou ganir quando lhe fazem festas ou tocam numa determinada área.




Há uns anos atrás, poucos medicamentos estavam disponíveis para tratar a dor em animais; hoje em dia, há medicação que permite não só fazê-lo como ajudar a controlar sinais como inflamação, edema, rigidez e dor articular. Além disso, acredita-se que animais sem dor melhoram mais rapidamente. Os AINEs (anti-inflamatórios não esteróides) são um exemplo da medicação que se pode utilizar.

A aspirina e o ibuprofeno são AINEs bem conhecidos utilizados em medicina humana, no entanto pode não ser segura a sua utilização em animais. Hoje em dia há AINEs específicos estudados para utilização segura no seu animal; no entanto, devem ser sempre receitados pelo seu médico veterinário.
Antes de iniciar a terapia com AINEs todos os animais devem ser examinados e devem fazer análises de sangue e/ou urina; a terapia continuada deverá também ser monitorizada. Devem ser administrados apenas quando se achar necessário e na dose mínima efectiva possível.


O médico veterinário é a pessoa mais indicada para identificar as causas da dor do seu animal e para implementar medidas adequadas. Assim, não hesite em consultar o seu veterinário, já que o problema poderá agravar-se se não for tratado atempadamente.

                                                             Artigo redigido por Rita Gonçalves - Médica Veterinária

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

CANNY-COLLAR - A COLEIRA ANTI-PUXÃO

O seu cão puxa?

Sabe que pode inverter essa situação com uma coleira certa?      

A Canny Collar é uma coleira de treino para cães. Através de um método inovador, concebido para impedir que o seu cão puxe pela trela. Ao contrário de uma coleira regular, a Canny Collar é constituida por uma coleira convencional com uma faixa corrediça que se coloca sobre o focinho do animal. A trela fixa-se atrás da cabeça e não por baixo do queixo.


A Canny Collar funciona através de um sistema de pressão e libertação. Quando ele a puxa, é aplicada uma leve pressão no focinho e na boca.
Assim que o cão pára de puxar, a pressão é libertada. Funcionando como um reforço positivo ao bom comportamento. O cão compreenderá em pouco tempo que andar devagar e acompanhar o dono no seu passo fará com que ambos poderão desfrutar de um belo passeio sem alterações repentinas de velocidade.

Este artigo é único no mercado, adaptado para não provocar aperto no pescoço e sem que a faixa corrediça suba ao nível dos olhos do cão ou aperte a boca. A utilização desta coleira permite com facilidade comer, beber e respirar livremente. A sua utilização é compatível com o treino de cães em passeio como é feito com a coleira tradicional. Depois de habituado ao Canny Collar, retire simplesmente a faixa corrediça do focinho durante curtos períodos e veja a progressão do seu companheiro!



COMO COLOCAR O CANNY COLAR NO SEU CÃO



Artigo redigido por Mónica Oliveira - Aux. Veterinária

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

OS RISCOS DE ALGUNS ALIMENTOS

Aproximam-se as épocas festivas e com elas as conhecidas tentações para as doçarias …
Na tentativa de alertar para o risco que determinados alimentos podem representar para o seu animal de companhia ,relembramos os alimentos perigosos com as consequências que o seu consumo pode acarretar.


CHOCOLATE



O chocolate possui cacau que por sua vez contém teobromina. Esta substância é um estimulante que pode causar taquicardia (aumento da frequência cardíaca), tremores, convulsões, hiperactividade, vómitos, diarreia, sede excessiva entre outros sintomas.


UVA OU PASSA



O seu consumo está associado a insuficiência renal aguda em 48h. Os sintomas associados podem ser dor estomacal aguda, anorexia, vómitos e anúria (ausência de produção de urina).


MACADÂMIA





A ingestão deste fruto seco pode causar tremores musculares, fraqueza, paralisia, vómitos, hipertermia e taquicardia.


SEMENTES DE PAPOILA



Estas sementes são  usadas correntemente no fabrico de pão de sementes e podem causar alterações de sistema nervoso central (descoordenação, convulsões)insuficiência hepática, coma e morte.


ABACATE



Todos os componentes deste fruto são altamente tóxicos para os seu animal. O abacate possui uma toxina fugicida, persin. O seu consumo pode causar vómitos, diarreia, dificuldades respiratórias, paragem de digestão ou paragem cardíaca.


ALHO, CEBOLA E CEBOLINHO


O consumo de cebola e cebolinho pode causar anemias hemolíticas (destruição dos glóbulos vermelhos). Associado
ao seu consumo pode haver sintomas de falta de apetite, fraqueza, vómitos ou apatia.
O Consumo moderado de alho causa menor toxicidade e está associado a vasodilatação e hipotensão


BEBIDAS ALCOÓLICAS






As bebidas alcoólicas possuem etanol que pode ser altamente nocivo para o seu animal.O seu consumo acidental pode causar vómitos, diarreia, alterações do sistema nervoso central (descoordenação, alteração dos reflexos, depressão ou excitação),coma e morte.


BEBIDAS COM CAFEÍNA



O seu consumo pode causar agitação, respiração ofegante, palpitações, tremores ou convulsões.


Se ocorrer a ingestão acidental de qualquer alimento tóxico dirija-se a seu veterinário o mais rapidamente possível. A nossa clínica estará sempre ao seu total dispor.


Boas festas!


Artigo redigido por Drª Ana Luísa Nunes - Médica Veterinária

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

ESTERILIZAÇÃO CIRÚRGICA EM COELHOS



À semelhança do que se verifica para o cão e o gato, a esterilização cirúrgica (ovariohisterectomia nas fêmeas e orquiectomia nos machos) acarreta diversos benefícios, tanto para o coelho como para o respectivo proprietário.

A ovariohisterectomia consiste na remoção cirúrgica dos ovários e do útero, enquanto a orquiectomia corresponde à remoção cirúrgica dos testículos. Estes procedimentos conduzem a um aumento da longevidade do animal e ajudam a que ele se torne uma melhor companhia.

A esterilização cirúrgica elimina o risco de gestação indesejada. Esta vantagem tem principalmente impacto em situações em que diversos coelhos partilham o mesmo espaço, podendo por vezes ocorrer erros na identificação do sexo dos animais.

A ovariohisterectomia elimina o risco de desenvolvimento de pseudogestações, que podem conduzir a comportamentos indesejados como escavar e a preparação de ninhos. Reduz também a probabilidade de desenvolvimento futuro de tumores uterinos e de outros processos patológicos do foro reprodutivo. Dependendo da raça, a incidência de tumores uterinos em fêmeas inteiras poderá alcançar os 60%.

A esterilização cirúrgica contribui para uma melhor qualidade de vida do animal. Isto prende-se com o facto de, ao atingir a maturidade sexual (aos 4 a 6 meses de idade), o coelho poder tornar-se territorial, agressivo e destrutivo e consequentemente mais difícil de treinar e manusear. Os coelhos machos podem começar a marcar território com urina, comportamento cujo risco de ocorrência por ser diminuído por meio de orquiectomia.

Assim, a realização de ovariohisterectomia ou orquiectomia por volta dos 5 a 6 meses de idade é extremamente vantajosa para a saúde e qualidade de vida do seu amigo.



Artigo redigido pela Drª Filipa Mira - Médica Veterinária