À semelhança do que se verifica para o cão e o
gato, a esterilização cirúrgica (ovariohisterectomia nas fêmeas e
orquiectomia nos machos) acarreta diversos benefícios, tanto para
o coelho como para o respectivo proprietário.
A ovariohisterectomia consiste na
remoção cirúrgica dos ovários e do útero, enquanto a orquiectomia
corresponde à remoção cirúrgica dos testículos. Estes
procedimentos conduzem a um aumento da longevidade do animal e
ajudam a que ele se torne uma melhor companhia.
A esterilização cirúrgica elimina o
risco de gestação indesejada. Esta vantagem tem principalmente
impacto em situações em que diversos coelhos partilham o mesmo espaço, podendo
por vezes ocorrer erros na identificação do sexo dos animais.
A ovariohisterectomia elimina o
risco de desenvolvimento de pseudogestações, que podem conduzir a
comportamentos indesejados como escavar e a preparação de ninhos.
Reduz também a probabilidade de desenvolvimento futuro de tumores
uterinos e de outros processos patológicos do foro reprodutivo.
Dependendo da raça, a incidência de tumores uterinos em fêmeas
inteiras poderá alcançar os 60%.
A esterilização cirúrgica contribui
para uma melhor qualidade de vida do animal. Isto prende-se com o facto de, ao
atingir a maturidade sexual (aos 4 a 6 meses de idade), o coelho
poder tornar-se territorial, agressivo e destrutivo
e consequentemente mais difícil de treinar e manusear.
Os coelhos machos podem começar a marcar território com urina,
comportamento cujo risco de ocorrência por ser diminuído por meio de orquiectomia.
Artigo redigido pela Drª Filipa Mira - Médica Veterinária
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