segunda-feira, 24 de abril de 2017

COMPRAR OU ADOPTAR UM ANIMAL DE ESTIMAÇÃO


Muitas são as opiniões no que diz respeito à compra ou adopção de animais de estimação. A aquisição de um PET seja ele cão, gato ou de outra espécie, exige um grande sentido de responsabilidade. A longevidade de um animal de estimação pode ser de cerca de 5 anos no caso dos coelhos ou até 20 anos no caso de alguns gatos. Por este motivo a decisão terá que ser tomada em consciência e nunca de forma caprichosa ou impulsiva.

Na minha vida profissional e enquanto médica veterinária sou questionada regularmente sobre este assunto.



Drª, acha que devo comprar ou adoptar um novo membro para minha casa?

A minha opinião é muito particular, pois muitas vezes ouço dizer “jamais daria dinheiro por um cão, com tantos animais abandonados”.
Efectivamente a adopção de um animal deveria ser a prioridade. No entanto, existem muitas pessoas que pretendem escolher um animal de estimação de acordo com determinadas características que se coadunam com a personalidade, com o modo de vida, a disponibilidade, o espaço, a presença de crianças, a existência de determinadas doenças de alguns membros da família, etc.


Muitas vezes, quando a aquisição é menos bem equacionada, surgem dissabores. Pois pretendiam que aquele animal em particular tivesse outras características. Por exemplo: ser mais meigo, mais independente, mais calmo, com menos pêlo, de menor porte, menos barulhento, enfim, um vasto leque de razões que acabam por diminuir a afinidade de um tutor com o seu PET.

Na base do amor e da partilha está sempre uma empatia inicial e uma afinidade, seja com as pessoas ou com os animais. É com esta base é que devemos construir uma relação duradoura e com muito amor com os nossos PETS.
Deste modo, louvo aqueles que adoptam, e que o fazem em consciência, resgatando um animal que tanto necessita de carinho e cuidado. Admiro também aqueles que compram e despendem de quantias grandes para ter um animal com o qual se identificam.

Ao longo de 20 anos de profissão, a minha percepção baseia-se na base de uma relação duradoura com muito amor e partilha entre tutor e PET. Neste contexto, está sempre uma escolha inicial bem definida e consciente.

O gosto e o amor por algo vão-se construído ao longo do tempo. É na cumplicidade, companheirismo e complience que se vão fortalecendo os laços entre tutores e PETS, a ponto de se transformarem em membros da família, deixando de ser PETS para serem filho, irmão, etc.

 Artigo redigido por Isabel Jorge - Médica Veterinária 



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