DIROFILARIOSE CANINA
O que é?
A
Dirofilariose é uma doença grave provocada por um parasita denominado Dirofilaria immitis e transmitida pela
picada de mosquito. A doença é também conhecida como “verme do coração” uma vez
que os parasitas adultos alojam-se no mesmo, chegando a medir entre 15 a
35 cm!
Figura 1 – Coração repleto de
Dirofilarias adultas (www.vetbook.org)
Pode afectar pessoas?
Sim, a
Dirofilariose é uma zoonose, embora as espécies mais afectadas por esta parasitose sejam
o cão, o gato e o furão, sendo o cão o hospedeiro definitivo por excelência e
os outros considerados hospedeiros alternativos.
Quais são os sinais? |
Numa
fase inicial da doença grande parte dos cães infectados demonstram poucos
sinais clínicos, sendo mesmo assintomáticos. Os animais podem apresentar
intolerância ao exercício, tosse crónica, perda de peso. Posteriormente podem
ter dispneia (dificuldade respiratória), febre, letargia, má condição corporal,
ascite (liquido no abdómen) e/ou trombose em vários órgãos.
Como saber se o meu cão tem
Dirofilariose?
Para
saber com certeza deve dirigir-se ao seu médico veterinário para que lhe seja
feito o diagnóstico, recorrendo a exames clínicos e laboratoriais.
Há tratamento?
O
tratamento é longo, dispendioso, complicado e perigoso devido ao risco de
complicações tromboembólicas e obstruções venosas em situações de altas cargas
parasitárias. Em ocasiões específicas, o animal pode ser mesmo encaminhado para
tratamento cirúrgico.
Como prevenir?
Ao
contrário do tratamento, a prevenção da Dirofilariose é segura, simples e
eficaz. O 1º passo será levar o seu cão ao médico veterinário para excluir a
doença, pois há risco da terapia preventiva em alguns animais parasitados. A
prevenção é realizada apenas quando os fármacos são utilizados mensalmente,
pois a falha da administração mensal pode deixar o animal susceptível à
transmissão. Uma vantagem adicional é que a maioria dos fármacos preventivos
para a Dirofilariose são igualmente eficazes contra todos os parasitas
gastrointestinais comuns do cão, assegurando uma proteção completa para o seu
animal. Aliado ao uso destes fármacos deve-se evitar o contato com mosquitos
vetores no ambiente (por exemplo evitar passeá-los ao anoitecer).
Artigo redigido por Sara Fiorenzo - Médica Veterinária
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