A doença periodontal é a afecção mais frequente entre os
nossos animais de companhia, envolvendo
dentes, gengivas, tecido
periodontais ou tecidos ósseos .
Inicia-se de forma invisível com a placa bacteriana. Um
biofilme no qual fica depositado no dente, servindo de substrato para os sais de cálcio se depositarem. Desta forma, o tártaro vai surgindo de forma lenta
.
Quando o tártaro se
deposita nos dentes (placa acastanhada) já existem algumas de
alterações ao nível da gengiva que são irreversíveis .
Todo este processo conduz à inflamação da gengiva, mau
hálito e dor .
Numa fase mais avançada, as bactérias atingem o osso onde está
inserida a raiz do dente, provocando
infecção óssea (osteomielite).
Este processo de proliferação bacteriana vai provocar uma destruição do ligamento
periodontal e osteolise do osso, formando abcesso e por sua vez, a pouca solidez do dente.
Para além de todos os dano locais que uma má higiene
oral confere, tal também provoca uma bacteriemia permanente no organismo,
ocorrendo afecções noutros órgãos mais distantes, tais como coração, fígado, rim, etc.
Em suma, uma higiene oral deficitária tem consequências
para todo o organismo.
Não raro, muitos clientes atendem com admiração quando o médico veterinária os abordada com a necessidade de uma destartarização. De facto, a destartarização
deveria ser uma prática clínica tão comum como a vacinação ou as desparasitação.
Todos os dias surgem casos de elevada gravidade, verificando-se a necessidade de executar extracções completas .
Artigo redigido por Isabel Jorge - Médica Veterinária / Directora Clínica
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